Moçambique, como signatário da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas desde 1995, assumiu algumas ações a desenvolver tanto na mitigação das emissões de Gases com Efeito de Estufa como na adaptação das suas políticas de desenvolvimento com vista a responder aos impactes das mudanças climáticas e promover a cooperação em campos como a investigação científica, tecnológica, técnica e socioeconómica, a observação sistemática, a educação, a formação e informação do público e encorajamento da sua ampla participação processo, incluindo as Organizações Não Governamentais. Moçambique é também signatário do Plano de Ação de Hyogo (2005-2015), o qual norteia as principais ações para redução do risco de desastres, incluindo os riscos climáticos.
Em resposta aos compromissos assumidos Moçambique aprovou o Plano de Ação de Economia Verde, Estratégia Nacional de Adaptação e Mitigação de Mudanças Climáticas, com o horizonte de 2030, a Lei de Gestão de Calamidades (Lei 15/2014) e Regulamento que estabelece o Regime Tarifário para as Energias Novas e Renováveis já em implementação Esta tem como objetivo “estabelecer as directrizes de acção para criar resiliência, incluindo a redução dos riscos climáticos, nas comunidades e na economia nacional e promover o desenvolvimento de baixo carbono e a economia verde, através da sua integração no processo de planificação sectorial e local”. Esta Estratégia define, entre outras, a integração da temática nas várias políticas sectoriais que reconhecem as mudanças climáticas como uma questão importante envolvendo os vários atores nacionais. Neste contexto esta em curso a elaboração e implementação de Planos Locais de Adaptação, visando a integração das Mudanças Climáticas no PDD ( Plano de Desenvolvimento do Distrito); aprovação e implementação do Sistema Nacional de Monitoria e Avaliação das Mudanças Climáticas; operacionalização do Centro de Gestão de Conhecimento incluindo a Rede de Mudanças Climáticas e o Sistema Nacional de Inventario;
Sendo um país especialmente vulnerável às mudanças climáticas e tendo como prioridade a adaptação, esta consta na sua INDC. Considerando a oportunidade que as NAMAS tem para o desenvolvimento nacional sustentável, esta em curso a elaboração de NAMAs nos sectores de Resíduos (Estratégia Nacional de gestão de resíduos, reciclagem, queima de resíduos para a geração de calor e aterros sanitários) e Energia (biomassa) em preparação da NDC de Moçambique a ser submetida no acto da ratificação do Acordo de Paris.
É o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) que atua como ponto focal para a Convenção Quadro sobre as Mudanças Climáticas das Nações Unidas.