A missão do PlanºC é implementar medidas concretas para o desenvolvimento de baixo carbono e resiliente e criar capacidade para o desenho de políticas, planos e projetos nos países beneficiários, fazendo face às alterações climáticas que se apresentam como uma séria ameaça à redução da pobreza.
Isto mesmo é reconhecido por Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe que diariamente se veem confrontados com ambas as faces da moeda: de um lado, em termos de adaptação, são países sujeitos a fenómenos extremos como secas, cheias e inundações e ciclones, facto agravado por serem também social e economicamente mais dependentes de sectores altamente expostos como a agricultura e a pesca; pelo outro, em termos de mitigação, sentem dificuldades em atrair investimento e ter tecnologia disponível e acessível nas áreas das energias renováveis e da eficiência energética.
Estes desafios são enfrentados não só ao nível do governo e seus órgãos descentralizados, mas, e principalmente, pelo tecido produtivo e pelos cidadãos e comunidades na manutenção dos seus meios de subsistência. O PlanºC é então a resposta destes países, em cooperação com Portugal, ao desafio de se tornarem mais resilientes às alterações climáticas e de caminharem mais rapidamente rumo a uma economia de baixo carbono, fundamentalmente dependente das energias renováveis e endógenas e com práticas de utilização racional mais eficientes.
O PlanºC é então a resposta integrada às duas faces da moeda das alterações climáticas, utilizando metodologias sólidas e inovadoras, focadas na construção de capacidade nos países e na obtenção de resultados concretos, integrando três grandes projetos nas áreas da mitigação e da adaptação às alterações climáticas: o EBAC – com capacitação para o desenvolvimento de estratégias de baixo carbono, o IAC – através da integração da adaptação no planeamento e na cooperação para o desenvolvimento, e o PACA – com a implementação de planos de ação comunitários de adaptação.